sábado, 6 de junho de 2009

SOBRE BODES E PATAS - Parábola sobre amores animais ... domésticos










Certa feita um bode (não era velho, mas já era rabujento), cismou de entrar na vida de uma patinha, o sucesso da investida foi tamanho, que tinha até camisa de fã clube. Tá bom, mas e daí? Daí que esse personagem não entrou na vida de ninguém apenas para dividir a ração e os prazeres da vida nas nossas fazendas diárias, ele queria na verdade, e ele era e é verdadeiro até hoje, era dividir tudo aquilo que dissesse respeito àquela que ele então passou a chamar de “sua patinha”.
Nem caberia na história os tantos momentos já vividos nessa relação um tanto inédita, inédita em quase tudo, e os dois sabem bem disso, bodes e patos não se ajeitam lá muito bem, ou se ajeitam até por demais de uma forma que muito pouca gente entende.
Todo mundo tem momentos de patos e/ou momentos de bode, salvo o trocadilho, momentos de bode também podem ser muito bons. Todo o mundo, inclusive os chineses lá da China e os burquina fassensse de Burquina Fasso tem momentos de luz, permeados, claro que, (Ih, lá vem merda) de momentos muito tristes e ruins, ou seja, entenda-se por lá vem merda tudo aquilo que com ou sem a nossa permissão nos tira um bocado de sossego.
Ansiedade, tensão, medo do carai (o que significa um medo grande e não pavor do pênis), não são lugar comum para nenhuma criatura na face da terra, e assusta, como assusta, e em momentos de grandes sustos e de um certo descontrole emocional (também chamado de choro), há que se ter sempre a mão, já que não um pelo de bode, um telefone pelo qual se liga e ali mesmo, na parte em que se fala, agora se chora.
É impressionante que a história do bode e da pata está arquivada e nunca teve um THE END, prenúncio, bom sinal, e nenhuma história tem fim se assim quisermos e fizermos que isso aconteça, assim como a história de nossas vidas e a história da vida das pessoas que amamos.
E disse Deus! E por que diabos Deus vai entrar agora nessa crônica agora? Porque, bode que é bom não berra e finge até que não conversa com Deus, balela (patas costumam odiar essa palavra), bodes conversam sim com seja lá quem for pra buscar respostas e razões pra tudo o que possa tirar sua patinha do travesseiro as tantas da manhã em pleno desalinho emocional. E é sabido que em seu último colóquio mais que particular com a divindade, obteve garantias e respostas das mais positivas e alentadoras para tudo aquilo aflige sua patinha. Sua divindade disse coisas que até Ele duvida, mas garantiu veementemente que tudo vai terminar da forma mais serena e vai dar a lógica: “No final, tudo vai dar certo”, isto foi ele quem me garantiu, agora tem que ser uma pata muito das atrevidas pra discordar da palavra do homi, vai querer???
No entanto, o choro chora, a dor dói, o medo amedronta, a ansiedade ansia e a preocupação preocupa e, nessas horas, só restam basicamente 2 opções, ou quem sabe 3, entregue-se ao sofrimento, ligue pra bodes dispostos ou acredite nas previsões e na confiança que manténs Nele, o cara, até porque ele sempre, desde que eu me entendo por bode, soube muito bem o que fez.

Um comentário:

Lucia Padilha disse...

E que pata feliz eu tenho sido!!!!!!

Colaboradores


Confira

Cronicas de Abnegada Abgail
Fotografias do Mundo
Crônicas de dores passíveis
Crônicas de amores possíveis
Artigos da Revista Telas e Artes