sexta-feira, 21 de setembro de 2007

HÁ MAR


Quando caminhas pela areia, és observada por olhos, ora verdes, ora azuis, uma visão, um privilégio, uma insinuação. Gelo quebrado, resistência vencida, se entrega aos poucos e és acariciada. Embaraçar de pernas e lânguidos e constantes vais e vens que lambem deliciosamente toda extensão de seu corpo. Você se deixa levar, mergulha por inteiro nessa aventura, és tomada, és domada, possuída e envolta naquelas carícias; orgasmos precoces, fugazes e fatais. Retomas à mesma areia, ao mesmo passo, e como que realizada, não consegues esconder uma satisfação que parece tamanha... Não tinha de ser assim mas, inevitavelmente, mordo-me de ciúmes do mar.

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