
Quando caminhas pela areia, és observada por olhos, ora verdes, ora azuis, uma visão, um privilégio, uma insinuação. Gelo quebrado, resistência vencida, se entrega aos poucos e és acariciada. Embaraçar de pernas e lânguidos e constantes vais e vens que lambem deliciosamente toda extensão de seu corpo. Você se deixa levar, mergulha por inteiro nessa aventura, és tomada, és domada, possuída e envolta naquelas carícias; orgasmos precoces, fugazes e fatais. Retomas à mesma areia, ao mesmo passo, e como que realizada, não consegues esconder uma satisfação que parece tamanha... Não tinha de ser assim mas, inevitavelmente, mordo-me de ciúmes do mar.
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