
Passíveis somos destes apertos nos peito, e por vezes até os pré- programamos, como se houvesse algum prazer em ficar chorosos pelos cantos, abraçando almofadas.
Existem dores que doem e as que ardem, não confundi-las. O Merthiolate no ralado do joelho arde, um NÃO quando mais se precisa de um sim dói.
Existem as dores profundas e as superficiais. O dente quando resolve, é profundo, já a saudade, é dor rasa, porém não há dentista que dê jeito.
Há dores que podem ser vistas (até sem radiografia), já outras são invisíveis, como aquelas que tem lugar na alma.
Há as que podem ser ouvidas em diversas formas de "ais" , e existem aquelas que preferem se esconder no silêncio.
Não sou um especialista em dores, das minhas eu sei, e para a grande maioria conheço o antídoto. Exemplos:
Dente = Dentista
Saudade = Aeroporto, Rodoviária, de trem, metrô ou a pé;
Ausência = Um cheiro;
Solidão = Música;
Morte = Fé;
Cotovelo = Trabalho e conquistas;
Topada = Beijo, gelo e carinho;
Dor de amor = Para esta eu recomendo ficar quietinho que passa.
Conheci dores que tive a sorte de nunca tê-las tido, que para as quais ainda não inventaram remédio que dê jeito, sei que existem amores e pessoas insubstituíveis, e que na ausência destas, se definha, se consome, se morre. São dores tão dolorosas que metem muito medo, assim como o fantasma da perda.
Meu sábio pai sempre dizia, "para tudo nesta vida há remédio" , concordo, mas acrescento que é necessário que se procure a farmácia certa, aquela que tem todas as poções e antídotos, funciona 24 horas, só não entrega a domicílio, até porque o seu domicílio, está aí ó, bem dentro do coração.
Amar, definitivamente, é o melhor remédio.
03.10.01
Dia de nascimento de Téo.
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